VITÓRIA DA DEMOCRACIA: MARCELO PEREIRA ANDRADE É NOMEADO REITOR DA UFSJ

A nomeação consta em edição extraordinária do DOU, desta sexta (8)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) respeitou a vontade da comunidade universitária da UFSJ e nomeou o professor Marcelo Pereira de Andrade como reitor da instituição, conforme edição extraordinária do Diário Oficial da União, publicada na noite desta sexta (8).

Marcelo foi o cabeça da chapa escolhida por professores, técnicos e estudantes para comandar a universidade, em consulta informal à comunidade, realizada pelos sindicatos dos técnicos, dos docentes e pelo diretório acadêmico, em 26 de novembro de 2019. Posteriormente, teve seu nome referendado pelo Colégio Eleitoral, no dia 9 de dezembro de 2019.  

Ele obteve 27 votos na votação eleitoral. As professoras Rosy Iara Maciel de Azambuja Ribeiro e Elisa Tuler de Albergaria, que também compunham a lista tríplice, receberam 14 votos cada. Como o critério de desempate previsto era o maior tempo de trabalho na instituição, Rosy passou a ocupar o segundo lugar da lista.

Marcelo Pereira de Andrade é professor da Educação Física, doutor em Psicologia Social pela PUC-SP. Já foi vice-coordenador, coordenador de curso, membro dos Conselhos Superiores, pró-reitor de Ensino de Graduação e vice-reitor da UFSJ.

A diretoria da ADUFSJ – Seção Sindical, que organizou a consulta junto ao Sinds UFSJ e ao DCE, comemorou o resultado, destacando a importância da mobilização da comunidade acadêmica durante todo o processo eleitoral. A participação e o posicionamento de todos foi fundamental para que a democracia fosse respeitada”, afirma a presidenta da ADUFSJ, Maria Jaqueline de Grammont Machado Araújo.

Expectativa

Segundo a Lei 9.192/1995, o presidente tem a prerrogativa de nomear qualquer um dos nomes da lista tríplice para reitor de uma instituição superior de ensino. Uma tradição iniciada desde o processo de redemocratização, porém, prevê que o indicado seja o primeiro colocado. Esta tradição foi respeitada pelos três presidentes dos últimos 15 anos.

Isso mudou após a posse de Bolsonaro. Metade das 12 universidades federais que elegeram seus novos reitores em 2019 não tiveram sua primeira opção respeitada. Este ano, as intervenções do presidente da República continuaram. Por isso, na UFSJ, era grande a expectativa que a democracia seria respeitada.

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